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quarta-feira, 13 de abril de 2011

O dono do laboratório Hipolabor é Preso - Sonegação fiscal, com uma Suspeita na Adulteração de Medicamentos

O dono do laboratório Hipolabor, Ildeo de Oliveira Magalhães, e o químico da empresa, Renato Alves da Silva, foram presos nesta terça-feira em Belo Horizonte. O laboratório e o empresário são acusados de sonegação fiscal, suspeita de fraude em licitações públicas, adulteração de medicamentos, sonegação fiscal e formação de cartel. Magalhães estava em sua cobertura triplex de 800 metros quadrados, localizado em um bairro de luxo na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Pelo menos duas pessoas teriam morrido depois de ingerir medicamentos produzidos pela empresa, outras quatro tiveram sequelas.
A prisão do dono do laboratório e do químico ocorreu durante a Operação Panacéia, em conjunto entre Ministério Público de Minas Gerais, Secretaria de Fazenda, Polícias Militar e Civil, Anvisa e Ministério da Justiça. Participam 130 servidores públicos estaduais e federais e quatro promotores de Justiça.

O Ministério Público de Minas Gerais, coordenador da ação, solicitou a indisposição dos imóveis do empresário, avaliados em R$ 12 milhões. Na lista, há outros apartamentos na capital mineira e um apartamento na Avenida Atlântica, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Além de documentos e computadores, os auditores recolheram na casa 30 mil dólares e 112 mil euros sem origem declarada.

O Ministério Público iniciou as investigações há cinco anos. As irregularidades são diversas. O preço de um medicamento da empresa era de R$ 6 no atacado. No varejo, era vendido a R$ 130,00. Ao declarar um valor menor no atacado, o laboratório pagava menos tributos.

Os dois tiveram prisão temporária decretada pela Justiça e devem ficar detidos por cinco dias.

Foi realizada uma fiscalização simultânea em quatro endereços da empresa. Documentos digitalizados foram copiados e serão confrontados com informações já declaradas ao Fisco.

Foram encontrados 30 mil dólares e 112 mil euros em espécie, sem origem comprovada.

Um indício de que o laboratório atuava com caixa dois é o pagamento de multas. Nos últimos oito anos, o Hipolabor foi autuado em R$ 4 milhões e a dívida foi rapidamente quitada. Outras duas empresas do grupo também são suspeitas de fraude em licitações públicas.

Segundo o MP, as investigações serão retomadas a partir do material apreendido nesta terça-feira em seis endereços de empresas ligadas à Hipolabor. O órgão busca elementos que confirmem a suspeita de formação de cartel entre empresas do setor, distribuídas por todo o Brasil, e fraudes em licitação de medicamentos. De acordo com os promotores, grupos faziam propostas parecidas e combinavam preços com antecedência. Toda a comunicação mantida pelos funcionários da Hipolabor e empresas suspeitas foi recolhida pelas autoridades.

A Anvisa órgão do Ministério da Saúde, também participou da ação de busca e apreensão na empresa para verificar denúncias de irregularidades na produção de medicamentos. Promotores de Santa Luzia e Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, apresentaram em 2010 denúncias criminais contra a Hipolabor, acusando a empresa de adulterar a fórmula de um anestésico à base de Cloridrato de Bupivacaína. Pelo menos duas pessoas morreram e outras quatro tiveram reações adversas ao medicamento, ficando com sequelas permanentes.

Em 2006, o Ministério da Saúde proibiu a distribuição, o comércio e o uso de dois anestésicos fabricados pelo Hipolabor, após um morte ocorrida no Hospital Santa Luzia. Outras sete mulheres também passaram mal ao usar os medicamentos. As proibições foram publicadas no Diário Oficial da União para o cloridrato de bupivacaína (lote AR 001/05) e o cloridrato de lidocaína 2% (lote LL 239/05). As vítimas tinham passado por cirurgias de cesariana ou no útero.

O GLOBO procurou o grupo Hipolabor, mas a empresa disse que não vai se pronunciar sobre o assunto.

4 comentários:

  1. Se eu possuir medicamentos desse laboratorio em estoque,faço o que?Jogo fora?

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  2. Não fica oculto, pessoas gananciosas e prepotentes... uma industria com estrutura para ser um excelente laboratório, mas com medicamentos sem qualidade. Uma gestão de Diretores e Gerentes de péssima estrutura profissional e desehumanos.
    Espero que isto sirva de lição para todos que fazem parte da corja Hipolabor.

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  3. Seguinte... existe a suspeita de alteração na formula da Bupivacaína, mais é uma SUSPEITA, isso foi uma denuncia de 2010, então não existe nada comprovado, na real, ele foi preso por problemas fiscais, mas se eu fosse você, verificaria, primeiro, a existência deste produto em estoque e se o lote é de 2010 (Época da denuncia), assim devolveria apenas este produto. Mesmo assim, repito, a ANVISA não se pronuncio, ainda. Quanto aos outros produtos não vejo problemas na comercialização, você pode até pedi do laboratório os lados de analise dos lotes. Abraços

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  4. Olá, Aristides romão dos reis!

    Entendo sua indignação, aliás, todos nós da saúde ou não, estamos indignados, mas terei que retirar seu comentário devido a ofensas ao outro colega com dúvidas... abraços e obrigado

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